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Gol compra empresa, mas segue pagando miséria para funcionários | Sindicato Nacional dos Aeroviários

Gol compra empresa, mas segue pagando miséria para funcionários

Companhia segue alegando falta de verba para pagar salários integrais durante a pandemia. Quem pagou essa compra?

O argumento da Gol Linhas Aéreas para justificar salários de miséria dos funcionários, em função da pandemia, cai por terra. No dia 8 de junho foi feito anúncio de que a empresa comprou a MAP Linhas Aéreas para ampliar sua malha. A direção do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) vê como muito positivo o crescimento das companhias aéreas. Mas não às custas da pobreza de seus funcionários.

Após o início da pandemia Covid-19, a Gol estabeleceu acordos extremamente prejudiciais com os funcionários, sob a desculpa de que não teria verba para arcar com os custos dos salários. Há casos de aeroviários que recebem por mês a quantia absurda de apenas R$ 400. Os que foram afastados recebem apenas o vale-alimentação, que é praticamente todo direcionado para o pagamento do plano de saúde, que não teve a mensalidade reajustada.

Gol com empresa: mas quem pagou a conta?

A direção do SNA considera absurdo uma companhia aérea argumentar não possuir em caixa dinheiro para remunerar seus empregados, mas garantir expansão do negócio com a compra de outra empresa. Segundo declaração de Paulo Kakinoff, CEO da companhia aérea: “Ao longo do último ano enfatizamos, consistentemente, que a Gol estava bem posicionada paro o crescimento do ciclo pós pandêmico”. E segundo publicação do Valor Econômico, R$ 26 milhões serão pagos em dinheiro na aquisição da MAP Linhas Aéreas.

Ou seja: você, que mal tem condições de comprar alimento para sua família, financiou esta compra.

Acordo Coletivo com a Gol

Vale lembrar que o SNA não fechou ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) com a Gol que permita essa situação abusiva. A direção desta entidade está com processo na justiça contra 12 dirigentes sindicais que fraudaram uma assembleia em agosto de 2020, possibilitando que a empresa remunere seus funcionários com salários que sequer podem pagar as compras de supermercado.

Dirigentes e assessoria jurídica do SNA apenas aguardam posição da judiciário para tomar medidas que garantam aos profissionais o recebimento de salários dignos.

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